Hoje vamos falar um pouco da história da Buchmann Comunicação. Era setembro de 1995. O Brasil lutava contra a AIDS. Grandes nomes tinham morrido ou lutavam contra a doença, então sem tratamento eficaz. Cazuza, Renato Russo, Henfil e seu irmão Betinho, Freddie Mercury, só para citar alguns. Epidemia mundial.
Ernani Buchmann era sócio e o diretor de criação da Master, agência que atendia o Ministério da Saúde. Foram noites de trabalho até a campanha do Bráulio ser criada. Aprovada por unanimidade, era uma campanha forte e agressiva contra a doença. Trazia a intimidade do sexo para a tela, usando o fato de que boa parte dos homens apelidava seus membros. Um dos criadores contou que o seu era chamado de Braúlio. Foi o nome escolhido. E pegou.
Na conversa um ator ensinava como usar camisinha – o que parece ingênuo hoje, mas na época a população tinha muita dificuldade em absorver o fato de que precisava usar camisinha. O engraçado é que a maior polêmica foi por causa do nome escolhido. Ficou apenas duas semanas no ar. Foi retirada e recolocada no ar com a substituição de “Bráulio” por "amigo". Mas a verdade é que a campanha conscientizou a população e salvou milhares de vidas. Bráulio acabou virando verbete de dicionário e a campanha cunhou um novo significado para o nome.
A polêmica foi um fator que ajudou muito nos resultados alcançados, tornando-se a segunda campanha de maior recall da história do Ministério da Saúde, atrás apenas de outra campanha, também com a criação dirigida pelo Ernani. Mas iremos falar em breve dela.
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